Uma em cada 12 pessoas no mundo pode ter hepatite B ou C, sem saber. Não há sintomas e o vírus não é detectado em exames de rotina. Tem certeza que você não tem? Faça o exame, é gratuito.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Hepatites: um alfabeto de problemas

A, B, C, D, E... reportagem do Correio Braziliense de 16 de maio de 2011 levantou mais uma vez a problemática: as hepatites - doenças que não discriminam gênero, idade ou classe social - são muitas vezes silenciosas e, portanto, muitos infectados recebem o diagnóstico tardiamente. "Sem sintomas, com perigo" - alerta a matéria, que traz o depoimento e foto desta blogueira que vos escreve.


Edilson Rodrigues/CB/D.A Press  - Correio Braziliense 16/05/2011

A descoberta tardia da doença também ocorreu com a leitora Daniela, que deixou seu comentário hoje no post Portadores de hepatite C recebem indenização por omissão do Estado. Atualmente com 29 anos, ela foi diagnosticada com hepatite C apenas porque leu na internet sobre o risco de quem recebeu transfusão de sangue antes de 1993 ter contraído a doença e foi atrás.

Ela conta que, ao pedir o exame de hepatite C na consulta, ouviu da médica que dificilmente teria a doença, mas que faria a requisição por desencargo de consciência. Daniela conta: "Ao receber o diagnóstico, os sentimentos se misturavam... medo, raiva, impunidade... pois foram mais de 14 anos me tratando com diversos médicos e nunca sequer insinuaram que seria bom fazer o tal exame e (antes disso) eu nunca havia ouvido falar sobre essa doença. Se não tivesse pesquisado de uma forma outra, sabe-se lá quando eu iria descobrir o problema..." 


Será que foi apenas comigo e com a Daniela que isso aconteceu? A Organização Mundial da Saúde diz que não: segundo a OMS, mais de 3 milhões de brasileiros podem estar na mesma situação, podendo ter contraído o vírus em situações corriqueiras como uma ida à manicure

Saiba mais: Hepatite C: posso estar infectado sem saber?

3 comentários:

  1. lutar sempre, desisitr nunca24 de junho de 2011 às 18:42

    Ótima mensagem, vai direto ao "xis" da questão da tua proposta: as pessoas são portadoras e não fazem a mínima idéia que possam ter essa condição. O alerta é de vital importância.

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  2. OLÁ SUA HISTORIA É IGUAL A MINHA EM TODOS OS ASPECTOS, DESCOBRI O HCV AOS 28 ANOS NAS MESMAS CONDIÇÕES E AINDA ESTAVA GRAVIDA, O HCV ERA O TIPO 1, ERA F2 E O QUANTITATIVO ESTAVA ALTISSÍMO. EU TIVE UMA EXPERIENCIA COM DEUS MARAVILHOSA, INICIEI O TRATAMENTO E HOJE ESTOU CURADA E TIVE ALTA MÉDICA. NÃO IMPORTA O PROBLEMA Q VC ESTEJA PASSANDO ACEITE JESUS COMO SEU SALVADOR, DEUS É FIEL E FAZ O IMPOSSÍVEL ACONTECER.
    MEU EMAIL: manumonteiroaz@hotmail.com

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  3. Revista científica Nature destaca iniciativa brasileira de simplificar diagnóstico da hepatite C

    04/07/2011 - 11h30

    Diagnosticar hepatite C não é uma tarefa simples. Primeiro, o paciente deve fazer um exame de sangue para checar anticorpos para o vírus no corpo, podendo a espera pelo resultado durar duas semanas. Depois de confirmada a infecção, ainda é preciso saber se ela está ativa a partir de novo exame de sangue (o que pode demorar mais duas semanas) e, se o resultado novamente for positivo, é necessário identificar qual o genótipo do indivíduo e do vírus, fatores que determinam o tratamento adequado para enfermidade. Em sua última edição, a revista científica britânica Nature publicou artigo que aborda o trabalho que tem sido desenvolvido por instituições de pesquisas no mundo afim de tornar os testes para a doença mais rápidos, baratos e menos invasivos. O Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná) recebeu destaque pelo esforço que tem realizado para simplificar o diagnóstico com teste único que avalia a infecção e define o subtipo do vírus.

    “Há no mínimo seis genótipos do vírus da hepatite C e a maior parte deles possuem subtipos. No Brasil, os subtipos 1a, 1b, 2a, 2b, 2c e 3a representam quase todas as infecções. Atualmente, o teste foi desenvolvido para identificar as sequências genéticas que são comuns na maioria dos subtipos e as várias sequências que os distinguem”, explica o pesquisador Marco Krieger, coordenador do estudo. Ele acrescenta que, por causa do grande número de genótipos diferentes presentes em diversas partes do mundo, tem sido complicado desenvolver um teste que funcione universalmente. No entanto, o método elaborado no Ipec, diferente dos convencionais, pode detectar diferentes sequências numa única reação, podendo ser facilmente adaptado para determinar diferentes grupos de genótipos. “A flexibilidade do ensaio também permite adicionar novas sequências no futuro, por exemplo, as relacionadas à resistência aos medicamentos”.

    O teste desenvolvido na Fiocruz Paraná faz uso de uma tecnologia intitulada microarranjo líquido, na qual pequenos pedaços de DNA são ligados a minúsculas contas de plástico ou microestruturas que flutuam nas amostras. É similar a um chip genético que pode identificar muitas sequências de ácido nucleico simultaneamente, o que torna o teste rápido e flexível ao mesmo tempo.

    O artigo ainda aponta que o diagnóstico da doença é apenas uma parte do problema. A hepatite C é muitas vezes uma infecção silenciosa, na qual os sintomas não se desenvolvem por mais de 20 anos. Estima-se que menos da metade das pessoas infectadas pela doença tem ciência e, por isso, não procuram auxílio médico ou realizam o teste. Isso não é um problema se a doença não progride, mas pode ser fatal em alguns casos. O desafio é desenvolver programas para identificar o vírus nessas pessoas. “Não importa o quanto seu tratamento é bom se a maior parte das populações afetadas ainda não foi diagnosticada”, comenta no artigo o pesquisador Gregory Dore, da Universidade de Nova Gales do Sul, em Sydney, na Austrália.


    Fonte: Agência Fiocruz de Notícias

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