Todas elas foram por problemas pulmonares, a primeira aos 5 anos (há 26 anos atrás) e a última aos 12. No total, foram duas cirurgias. Numa dessas "hospedagens", durante uma transfusão de sangue, contraí o vírus da hepatite C (estranho que não encontrei menção à transfusão no prontuário ou, pelo menos, eu não soube identificá-la).
Ainda terei a oportunidade de contar pra vocês sobre essas experiências, principalmente a de 1986, quando tinha 8 anos: pneumonia causada pela bactéria Staphylococcus aureus (claro que eu tinha que escolher uma bactéria dourada). Olha a foto dos bichinhos aí ao lado.
Um dos médicos chegou a dizer para minha mãe que eu ter sobrevivido foi um milagre - concordo plenamente, mas faz parte desse milagre a competência da equipe médica.
Quero aproveitar para agradecer, mais uma vez, ao Dr. Renato Stein (meu pediatra) e ao Dr. Cyrus (cirurgião pediátrico).
Não gostaria de ser injusta, mas seria impossível lembrar do nome de toda a equipe, que sempre foi tão carinhosa. Além do Renato, tinha a Margareth, o Kipper, um outro pediatra que eu só me lembro como "o médico bonito" (minha mãe acha que ele se chamava Paulo) e a enfermeira Perosa.
Devorei as 100 páginas dos prontuários em poucos minutos. Chorei algumas vezes. Primeiro, e principalmente, por pensar no sofrimento da minha família.
Depois, por reviver aqueles 42 dias de hospital em 86. Tenho tantas cenas gravadas na minha mente! Por exemplo, quando a médica escreve que demonstrei medo quando fui informada da punção lombar que faria no dia seguinte. Mas, convenhamos, quem não teria medo? Dá uma olhadinha aqui como é.
Um dos médicos chegou a dizer para minha mãe que eu ter sobrevivido foi um milagre - concordo plenamente, mas faz parte desse milagre a competência da equipe médica.
Quero aproveitar para agradecer, mais uma vez, ao Dr. Renato Stein (meu pediatra) e ao Dr. Cyrus (cirurgião pediátrico).
Não gostaria de ser injusta, mas seria impossível lembrar do nome de toda a equipe, que sempre foi tão carinhosa. Além do Renato, tinha a Margareth, o Kipper, um outro pediatra que eu só me lembro como "o médico bonito" (minha mãe acha que ele se chamava Paulo) e a enfermeira Perosa.
Devorei as 100 páginas dos prontuários em poucos minutos. Chorei algumas vezes. Primeiro, e principalmente, por pensar no sofrimento da minha família.
Depois, por reviver aqueles 42 dias de hospital em 86. Tenho tantas cenas gravadas na minha mente! Por exemplo, quando a médica escreve que demonstrei medo quando fui informada da punção lombar que faria no dia seguinte. Mas, convenhamos, quem não teria medo? Dá uma olhadinha aqui como é.
Me lembro da punção, me lembro do medo, me lembro da dor que era só de ficar na posição necessária. Mas também me lembro o quanto fui corajosa nesse dia - e em todos os outros.
Tá vendo, já estou chorando de novo... porque ô guriazinha porreta que eu fui!
Eu falei pra minha mãe que não a deixarei ler o prontuário, porque as palavras por si só, mesmo na fria linguagem médica, já evidenciam a gravidade da situação, já mostram o sofrimento pelo qual passei, tão pequenina - passamos todos.
Que tal: "Piora importante, comprometimento quase total do pulmão esquerdo, com atetectasia e derrame pleural", "dor", "drenagem de secreção sanguinolenta", "dor", "surtos psicóticos", "dor", "febre que não cede com os medicamentos", "dor" etc.
Acho que é por isso que estou lidando bem com a hepatite C agora.
Porque já passei por coisa muito pior.
Mas, acreditem, o hospital é uma lembrança boa para mim. Claro que ficaram alguns traumas - graças a Deus, não fiquei com nenhuma das inúmeras seqüelas possíveis - mas no geral é uma lembrança muito positiva: as pessoas (familiares, amigos, médicos, enfermeiros), as situações, as histórias (quantos livros me foram lidos naqueles 42 dias!), os presentes, o pão de queijo da lanchonete, as brincadeiras...
E eu que achava que minha memória era ruim! Vocês não imaginam o filme que passou agora na minha cabeça.
Filme bom, com final feliz.
Tá vendo, já estou chorando de novo... porque ô guriazinha porreta que eu fui!
Eu falei pra minha mãe que não a deixarei ler o prontuário, porque as palavras por si só, mesmo na fria linguagem médica, já evidenciam a gravidade da situação, já mostram o sofrimento pelo qual passei, tão pequenina - passamos todos.
Que tal: "Piora importante, comprometimento quase total do pulmão esquerdo, com atetectasia e derrame pleural", "dor", "drenagem de secreção sanguinolenta", "dor", "surtos psicóticos", "dor", "febre que não cede com os medicamentos", "dor" etc.
Acho que é por isso que estou lidando bem com a hepatite C agora.
Porque já passei por coisa muito pior.
Mas, acreditem, o hospital é uma lembrança boa para mim. Claro que ficaram alguns traumas - graças a Deus, não fiquei com nenhuma das inúmeras seqüelas possíveis - mas no geral é uma lembrança muito positiva: as pessoas (familiares, amigos, médicos, enfermeiros), as situações, as histórias (quantos livros me foram lidos naqueles 42 dias!), os presentes, o pão de queijo da lanchonete, as brincadeiras...
E eu que achava que minha memória era ruim! Vocês não imaginam o filme que passou agora na minha cabeça.
Filme bom, com final feliz.
Hepatite C é só um "detalhe", pra não deixar o final da história monótono (ou pra eu continuar sendo muito mimada - adoro essa parte).
1986 - Festa na AABB Porto Alegre em comemoração à minha volta pra casa do hospital.
O que eu falava mesmo sobre ser mimada???
O que eu falava mesmo sobre ser mimada???