Uma em cada 12 pessoas no mundo pode ter hepatite B ou C, sem saber. Não há sintomas e o vírus não é detectado em exames de rotina. Tem certeza que você não tem? Faça o exame, é gratuito.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Um pouco de poesia

Nessa minha busca incessante por coisas que animam a vida, chegamos à poesia.

Compartilho com vocês a experiência que tive esses dias, mergulhada no livro do colega Edgardzinho, um cara daqueles que a própria presença já anima a gente. Foram momentos mágicos, que me fizeram pensar: por que colocamos tão pouca poesia em nossas vidas?

Difícil foi escolher apenas uma pra colocar aqui, mas optei por aquela que reflete o meu sentimento ao escrever esse blog.


O poeta inspirado (leia-se "A bloguista inspirada" - rs!)

O poeta inspirado
Espera-se esperado
Para poder ser lido
Desesperado por ser correspondido
(pelo leitor, ou pela amada)
Escreve alucinado
Palavras no papel-nada
O verso, por trás da vida.
Então vide o verso e veja a vida
Que eu, ouvido ou morto,
Estarei ali contido
E terei ali contado
O que o poeta inspirado
Ouviu e viu pela vida

Rufatto Junior, Edgard. Versos escritos e lembrados sob o sol do Cerrado. Editora Wunderlich, 2008. Se alguém se interessar e quiser adquirir o livro, deixe seu email aqui.

"Espera-se esperado, para poder ser lido, desesperado por ser correspondido pelo leitor" Por isso seus comentários são tão importantes! Continuem participando do blog, porque isso também me anima...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Como a hepatite C me deixou na moda

Verdade seja dita: os meses que passei em tratamento me deixaram super na moda.

A começar pelos cabelos, que caíram tanto, ficaram tão ralos, que não tive outra opção se não cortar minhas madeixas.

Falando assim até parece que foi uma decisão fácil, mas não... foi horrível. Enquanto a tesoura trabalhava, dentro da minha cabeça só tocava a música Love by Grace, da Lara Fabian:

I didn't come here to leave you
I didn't come here to lose
I didn't come here believing
I would ever be away from you
I didn't come here to find out
There's a weakness in my faith
I was brought here by the power of love (love)
Love by grace

Lembrou? É a música da Camila, da novela Laços de Família, na famosa cena do corte de cabelo por causa da quimioterapia (vale a pena ver de novo).

Mas, depois de superada a perda do meu cabelão, foi que percebi o quanto fiquei na moda. Dá uma olhada em algumas famosas que também adotaram os curtos:


E essa é noticia de hoje: Isabeli Fontana aparece com cabelo curto em campanha da grife Chanel.

Mas pensam que acabou por aí?
Que nada! Dá uma folheada nas revistas de moda pra ver como meu figurino está super fashion!

As calças boyfriend jeans são a última palavra no momento. Boyfriend jeans??? É isso mesmo: uma calça que parece que você roubou do guarda-roupa do seu namorado.

Como eu emagreci demais, minhas calças estão enormes!
E pra não arrastarem no chão (já que elas caem da cintura), acabo dobrando a barra em baixo.
Agora dá uma olhada nessas fotos da revista Elle:


"Figurinha fácil do guarda-roupa das mais antenadas, as calças boyfriend e de alfaiataria seguem em alta neste inverno e transitam entre variados estilos." Elle, publicado em 16/06/2009

Saco de batatas? Que nada! É boyfriend jeans.
Tô chique, benhê! Quer dizer, segundo a revista Elle, "antenada" (rs!). E eu me divirto...

Devo contar que tenho hepatite C?

Essa é uma questão muito delicada.
Quando se descobre ter hepatite C (e finalmente se entende o que é essa doença), isso ganha uma dimensão desproporcional na vida da gente.

Às vezes pode dar vontade de sair contando pra todo mundo - pra desabafar, dividir o problema com outras pessoas, pedir ajuda ou mesmo só pra explicar porque estamos meio desorientados, tristes e tudo mais. Ou, pelo contrário, pode dar vontade de se fechar em seu mundinho e carregar esse fardo sozinho.

Meu médico me deu um sábio conselho logo na primeira consulta: "compartilhe seu diagnóstico apenas com as pessoas mais próximas". Em princípio, não há porque ficarmos nos expondo desnecessariamente, mesmo porque muitas pessoas costumam ter dificuldades para interpretar dados: ou seja, “doença infecciosa???? Deus me livre!”.

Aí surgem algumas situações de preconceito, velado ou explícito. Já soube de casos como o de uma mãe que impedia que seus filhos brincassem com os filhos da vizinha que tinha hepatite C: “vai que as crianças estão contaminadas e nas brincadeiras se machucam, se mordem etc?”. É claro que o preconceito, a respeito de qualquer coisa, geralmente é fruto da ignorância - mas não podemos esquecer que a ignorância faz parte do nosso mundo.

Ainda teremos a oportunidade de conversar mais sobre preconceito. Mas agora queria apenas pontuá-lo como um aspecto a considerar antes de sair gritando a hepatite pra todo mundo ouvir. E também tem outra coisa: quanto menos gente souber, menos se fala e menos a doença se torna real. Ou seja, dá pra gente levar uma vida normal, quase sem lembrar da hepatite (já que é uma doença silenciosa). Podem chamar isso de fuga, de mecanismo de defesa, de estratégia de autoenganar-se... ou podem achar que é um jeito maduro de se lidar com um problema privado, de forma privada. Não sou psicóloga e por isso nem ouso refletir melhor sobre isso. O caso é que é uma opção.

No início, eu contei para pouquíssimas pessoas, apenas para os familiares mais próximos (e mesmo alguns deles eu "poupei"). Compartilhei a situação com colegas de trabalho que perceberam que havia alguma coisa errada, e também achei adequado contar para os meus gerentes que talvez passaria por um período de ausência devido ao tratamento.

Mas, gente, isso não é uma conduta obrigatória – nem legalmente, nem eticamente. Veja o que diz a Aliança Independente dos Grupos de Apoio sobre esse assunto: Cartilha Direitos e Obrigações Legais nas Hepatites B e C.

Inclusive, existe uma Resolução do Conselho Federal de Medicina que impede que o médico informe o diagnóstico (CID) em atestados médicos, a não ser quando expressamente autorizado pelo paciente: RESOLUÇÃO CFM nº 1.851/2008, de 18 de agosto de 2008.

Agora vejamos o outro lado: quando fui nomeada gerente de grupo no BB, o superior que me nomeou sabia do meu diagnóstico e que existia a possibilidade de eu me ausentar para o tratamento - e isso não influenciou a decisão. Fui comissionada por minha competência. E ponto. E isso é muito legal. Aqui vai meu agradecimento ao Zé Ronaldo, pela ética demonstrada naquele momento.

Antes de começar o tratamento, diante das possibilidades dos efeitos colaterais, achei adequado contar para as pessoas que poderiam de alguma forma ser afetadas (aquelas que se preocupariam ao me ver “doente” por causa dos remédios, ou que poderiam ser alvos da “tolerância zero” - um dos efeitos mais relatados).

Então compartilhei a situação com meus amigos queridos e com colegas de trabalho. E sabem como foi? Muuuuito legal! Recebi (e recebo) um super apoio, um super cuidado, além de uma grande compreensão quando não estou disposta ou quando digo a coisa errada na hora errada – como já contei, os medicamentos nos deixam assim meio sem noção. Então, concluo que contar foi uma decisão muito acertada.

Em maio, por ocasião de uma reportagem sobre o Dia Mundial da Hepatite, resolvi tornar a coisa pública: ver A cara da Flor. E a repercussão foi muito boa, não identifiquei até agora nada de negativo por causa disso. E vale a pena lembrar um dos comentários daquele post:

“A escolha de 'aparecer' não é fácil eu bem soube disso. Mas em qualquer circunstância (portadores...em tratamento...negativados...) temos um trabalho a fazer, eu acredito. Solidariedade, apoio, pesquisa, seja o que for. Depois que passamos pela 'tsunami', que acordamos, temos até o direito de cruzar os braços ou nada fazer. Mas as coisas mudam... para sempre!”. (Eli)

É, as coisas mudaram... eu acordei e descruzei os braços - o que tem sido muito legal pra mim.

Mas depois de tudo isso, qual é o meu recado?
Contar ou não contar?

Em primeiro lugar: respeite-se, respeite o seu momento, o seu sentimento e a sua intuição. Se resolver manter segredo sobre a hepatite, você está no seu direito. Se resolver contar, você também está.

Cada caso é um caso: vai depender de você e de como você avalia as pessoas com quem você convive. Lembrando que a gente pode errar no nosso julgamento: tenho uma amiga que gosto muito e que eu achava que não lidaria muito bem com o fato de eu ter hepatite, por ser extremamente neurótica com a saúde dos filhos. Quando eu contei a ela que tinha hepatite C, sabem o que ela respondeu? “Eu tenho a 'B'!”.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Falando sobre epidemias

Compartilho com vocês, para reflexão...

- Existem no mundo 30 mil pessoas infectadas com Gripe A e a Organização Mundial da Saúde decreta que a mesma é uma Pandemia Mundial e todos os governos realizam grandes campanhas informativas e de prevenção.

- Existem no mundo 550 milhões de pessoas infectadas com as hepatites B e C, mas os governos pouco fazem, mantendo na maioria dos países 95% dos infectados sem diagnóstico, sem saber que estão doentes - os quais poderão desenvolver cirrose ou câncer, morrendo muitos deles 17 anos mais cedo.

Carlos Varaldo
Grupo Otimismo
World Hepatitis Alliance - WHA
hepato@hepato.com
www.hepato.com

Tomo a liberdade de complementar: as duas são epidemias e as duas podem matar. E, cá entre nós, o que são "17 anos a menos de vida"? (Desculpem, mas não pude conter a ironia.)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Beleza

Tenho recebido muitos elogios – coisa que jamais eu poderia esperar devido ao tratamento.
Esperava, de verdade, ficar acabada. Mas tenho ouvido coisas do tipo:

“o que você está fazendo para ficar cada dia mais bonita?” ou
“desde que te conheci há dois anos, nunca te vi tão bem”.

Me parece sincero - ao menos na maior parte das vezes.

No início, eu cheguei a questionar: que padrão de beleza é esse no qual se acha bonita uma criatura bombardeada por um tratamento agressivo, abatida e abaixo do peso? Me lembrei das modelos esquálidas e anoréxicas, que vistas sem toda aquela produção até parecem doentes.

Mas depois caiu a ficha: é lógico, eu estou feliz, estou me amando. E o que seria beleza se não isso? Acho que é isso o que as pessoas têm sentido em mim, é essa a beleza que elas enxergam.

E isso também me anima...

sábado, 13 de junho de 2009

Me animando

Quando eu era criança, tinha um quadrinho em meu quarto que dizia: “Viva cada momento como se fosse o único”. Eu achava a frase linda.

Não acho que ela se referisse a algo radical do tipo: "o que você faria se só te restasse esse dia?". Nem tampouco que ela pregasse o fim do planejamento na vida. Pra mim, era mais no sentido de curtir cada momento como se fosse o único.

E eu tenho curtido muito os meus momentos. É tão bom ter minha vida de volta!

Hoje a noite, pude cozinhar pro meu marido. Simples, né? Mas eu não tinha condições de fazer isso há muitos meses, quem dirá num sábado (nos últimos tempos, vocês sabem que os sábados não eram os meus melhores dias).

Enquanto eu cozinhava, ouvia os risos dele e da nossa florzinha brincando na sala. Não sei dizer até que ponto as lágrimas eram da cebola ou da enorme alegria que eu estava sentindo.

É difícil descrever o sentimento: é como um reencontro com o que era antes, mas com algo muito maior envolvido. Porque, como diz uma música que eu amo, “nunca mais será, mais o que foi...” (Desgarrados, de Mário Barbará, uma das mais lindas canções gaúchas).

Então, ao mesmo tempo que é um reencontro, é também a descoberta de algo novo, mesmo que seja o novo dentro do velho, ou o velho dentro do novo... mas isso já tá ficando complicado demais, filosofado demais.

Continuando a música... “Olhos abertos, o longe é perto, o que vale é sonho”.
Olhos abertos, o longe é perto... e os momentos são únicos!
Sobre os sonhos, ainda teremos oportunidade de falar.

Bom, agora vou brincar que sou minha amiga Gi e passar a receita desta noite pra vocês (nas devidas proporções, porque - diferente dela - sirvo o prato numa travessa plástica de 1,99 e não faço decoração). A receita é de outra amiga, a Lu Rossi, e foi aprovadíssima aqui em casa:



Risoto de Arroz Sete Grãos e Champignon


Ingredientes:
1 xícara* de arroz Ráris Sete Grãos**
1 cebola picada
100 ml de vinho branco seco
1 stick de tempero completo Meu Segredo
3 xícaras de água
1 vidro de champignon
queijo parmesão ralado


Modo de fazer:
Ferva a água com o stick de tempero completo.
Refogue metade da cebola com manteiga ou azeite***, até ficar transparente.
Junte o arroz sem lavar e refogue por 3 minutos.
Adicione o vinho e deixe evaporar****.
Vá juntando o caldo aos poucos e continue mexendo até que o arroz fique cozido*****.
Doure a outra metade da cebola e acrescente o vidro de champignon em lâminas.
Acrescente essa mistura ao arroz, junto com o queijo parmesão, e sirva.
Decore com brócolis japonês******.


Bom appetit!


* É das xícaras grandes, de 250 ml.
** Encontrei o pacote de arroz Ráris Sete Grãos no supermercado, por aproximadamente R$ 8,00.
*** O mais saudável seria usar óleo de girassol (o azeite de oliva faz bem à saúde, mas desde que não seja esquentado - o mesmo vale para o óleo de canola, que é saudável se usado "cru"). Minha amiga Ana Carla me contou esses dias que “frita” a cebola sem óleo, na própria água que a cebola solta ao esquentar, mas ainda não testei. Claro que em termos de sabor, nada se compara a uma boa manteiguinha, mas “o paladar é um hábito que se constrói”.
**** Sim, o álcool evapora, então eu posso comer sem prejudicar o meu fígado.
***** Como o arroz integral, ele é um pouco mais durinho do que o arroz comum (branco).

****** Como sou rebelde, o meu foi sem brócolis.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Coisas que assustam

Continuando...

Hoje temos cada vez mais coisas, porém menos tempo para o que realmente nos faz felizes: amigos, família, tempo livre. Estamos trabalhando mais do que nunca. E quais as atividades que mais fazemos em nosso pouco tempo livre? Ver televisão e ir as compras.

Esse é um trecho de "A história das coisas". Vale (e muito) a pena assistir.

Será que eu mesma, sem perceber, não reforço a sociedade de consumo que quer que todos se sintam infelizes com o que são e têm, para que possam consumir mais? E qual é a minha parcela na destruição do planeta? É só o lixo que eu produzo na minha casa?

E, fala sério, por que eu estou aqui no computador enquanto minha filha está lá na sala brincando com a babá, se hoje tenho o privilégio de estar em casa?

A História das Coisas
Com Annie Leonard
Assista no
YouTube
Duração: 21 minutos

Carol, obrigada pelo link! :)

terça-feira, 9 de junho de 2009

Coisas que animam

Primeiro, comecemos pelo contrário: coisas que desanimam. Estou em crise de asma e rinite alérgica, de molho 3 dias em casa, e não posso nem aproveitar pra colocar a vida em ordem, porque como se faz isso quando mal se consegue respirar???

Segundo o médico que consultei ontem, tem a ver com o frio, tem a ver com o meu sistema imunológico ainda estar debilitado pelo tratamento, tem a ver com o carpete e o ar condicionado do trabalho, mas, principalmente tem o fator emocional (ok, as pessoas estão começando a me convencer que estou desequilibrada... rs).

O fato é que eu realmente queria um tempo pra mim: me cuidar, descansar, ler, fazer coisas que me dão prazer. Só que não tenho esse tempo, porque preciso trabalhar. Confesso que quando estou no trabalho até que gosto e me empolgo - acho inclusive que ultrapasso os meus limites por causa disso. Mas agora não era hora disso, entende? Algo dentro de mim pede: "Parem o mundo que eu quero descer!!!"

Mas vamos às coisas que animam: acabei de comer uma bomba de creme bem geladinha trazida direto da Confeitaria Rony Francês - que fica ali na Wenceslau Escobar, bairro Tristeza, em Porto Alegre - "importadas" para Brasília pela Tia Waléria e compradas pelo Tio Quiqui (obrigada aos dois por esse momento delicioso!). Bomba do Rony tem gosto de infância, tem gosto da casa da minha Nona (que saudade, Noninha!), tem gosto de "Meu Deus, como a vida é boa!".

E aí eu páro e penso numa reflexão que a Oprah fez hoje em seu programa (sim, esse é o cúmulo da falta de opção: passei a tarde assistindo Oprah!). Mas, enfim, a questão era: o que a gente faz diariamente pra se divertir??? Quanto tempo da nossa vida a gente dedica a coisas que realmente nos dão prazer? O Vô Hélio dizia alguma coisa do tipo que "tudo que a gente precisa pensar mais de dois minutos pra responder é melhor nem tentar responder". Pois bem, esse foi o caso: tive que pensar muito. A gente acaba se perdendo nas obrigações do dia a dia, se perde no trabalho, nas responsabilidades, nas atividades cotidianas... mal dá tempo pra fazer tudo o que gente tem pra fazer, e aí, quando a gente pára, só quer é descansar.
Vou repetir a fala do caboclo de Leloup, que já citei no último post: "No dia a dia da gente labutando pelo pão, 'vamo' perdendo a prontidão de botar sentido verdadeiro na alma".

Ué, mas eu não ia escrever sobre coisas que animam? Não tá parecendo muito animador... Mas a mensagem é: vamos colocar em nossas vidas mais coisas que nos animam! Podem ser pequenas coisas (que não dependam unicamente daquele planejamento de ganhar na Mega Sena), tipo pintar uma tela a dedo ou fazer uma escultura de argila com seu filho - mesmo que isso demande tempo e faça bastante sujeira.

E viva o Rony Francês!

Quer conhecer o Rony? Av. Wenceslau Escobar, 2389. Veja no mapa:


PS: A Dra. Ana Célia, minha nutricionista, deve estar pensando agora nos meus três deslizes: açúcar, glúten e lactose. Mas sempre dá pra piorar: que tal saber que a bomba ainda substituiu o jantar? Pode até valer puxão de orelha, mas que valeu a pena, isso valeu.

sábado, 6 de junho de 2009

"Olha que blog maneiro!"

Recebi essa homenagem super especial da minha amiga Dri, do blog Esquisita, eu??? - a Dri é um exemplo de como se viver bem a vida.

Junto com o selo ao lado, vem a missão: indicar oito blogs e escrever oito desejos.

Oito desejos? Tenho tantos... mas vamos lá! Eu desejo...

1. Ser feliz, de verdade, independente das dificuldades e dos momentos ruins (que fazem parte da vida de todos). Porque felicidade é um estado de espírito e não depende de coisas exteriores e nem dos outros. Por isso que ser feliz é diferente de estar feliz.

"Porque miséria é esse sentimento tristinho da falta de rumo pros sonhos de Deus, muito maior do que a falta de condição de vivência. E Deus sonha pra nós uma vida cheia de dignidade e nobreza que nós não abarca ainda por pouca vontade e muita ignorância. Pois nem precisa ser rico pra cultivar abundância e generosidade pelo mundo. Nesse coração sertanejo da gente, todas estas qualidade tão morando amancebadas ali na casa do ateu e do cristão. Basta ser simples e bom, e não pensar que ter felicidade depende de alguma coisa melhor de boa do que a intenção de ser feliz mesmo."*


2. Que minha Amanda seja muito feliz! Esse desejo seria o número 1, mas aí percebi que para que ele aconteça, o anterior é pré-requisito. Que sua vida seja sempre repleta de amor, carinho e realizações. Que ela consiga valorizar as coisas boas e relativizar as coisas ruins - e que aprenda a aprender com ambas.

3. Que eu consiga ajudar minha florzinha a ser uma CIDADÃ, consciente de seus direitos e deveres, e de sua responsabilidade social e ambiental. Que eu possa ser um bom exemplo. Isso me lembra a reflexão que uma fonoaudióloga deixou em sua palestra na escolinha da Amanda semana passada: "Que filho eu estou deixando para o planeta? E que planeta eu estou deixando para meu filho?"

4. Que as pessoas compreendam, enfim, que para que nossos filhos sejam felizes não é suficiente cuidarmos deles, precisamos cuidar também dos filhos dos outros. Porque não basta nossas crianças terem tudo o que desejamos pra elas, se outras crianças são privadas de condições básicas de vida e, por isso, se não tiverem sorte ou juízo, vão querer roubar o que não herdaram**.

5. Então, eu quero que o desejo número 1 se estenda aos meus familiares, amigos e pessoas que quero bem, mas que se estenda também a todas as pessoas dessa cidade, estado, país e planeta, porque só assim deixaremos de viver num mundo de tantas privações e provas. Ressaltando que, se não cuidarmos do nosso planeta, isso será muito difícil de se realizar, porque daqui há pouco não teremos mais condições dignas de sobreviver por aqui.

6. Que eu consiga compreender o que é essencialmente importante para mim e passe a investir mais nisso. Que eu passe a encarar o trabalho apenas como trabalho, sem me envolver emocionalmente, mas sem por isso perder oportunidades de realização pessoal e profissional. "No dia a dia da gente labutando pelo pão, 'vamo' perdendo a prontidão de botar sentido verdadeiro na alma"***.

7. Que eu possa sempre sentir quais meus verdadeiros sonhos e desejos, e que tenha força e coragem para correr atrás deles - e o mesmo para deixar pra trás o que me impede de alcançá-los, mesmo que isso doa um pouco (ou que doa muito).

8. Que a epidemia silenciosa de hepatite deixe de ser silenciosa, ou seja, que as pessoas sejam alertadas, que sejam diagnosticadas e que tenham chance de fazer o tratamento e ficar curadas (enquanto ainda tiverem possibilidade de cura e não só depois de um estágio muito avançado da doença). Que a sociedade seja mais esclarecida, para acabar com qualquer tipo de preconceito - não só com relação à hepatite, mas qualquer um. Que surjam novos medicamentos e novas esperanças. Que todos sejamos fortes para enfrentar os efeitos colaterais do tratamento, mas tendo o direito de chorar quando quisermos - e que tenhamos apoio quando preciso. Que Deus continue conosco.
* Fala de um caboclo do cerrado, no Livro dos Bem-Aventuranças e do Pai-Nosso. Uma antropologia do desejo. Jean-Yves Leloup. Ed. Vozes. Petrópolis, 2004, p. 12.
** Música: "Crianças na rua", de Mauro Kwitko - CD Invisible Friends.
*** Fala do cabloco, ver *, p. 13



And the Oscar goes to... Blogs que acompanho e indico:


1. Atravessar Fronteiras - esse blog também é da minha amiga Dri, que aqui conta suas aventuras pelo mundo.
2. Pra quem gosta de uma boa mesa - blog da Gi, contando suas aventuras gastronômicas.
3. Por aí - Melissa e suas andanças por aí.
4. Documentários de Verdade! - documentários por um mundo mais justo.
5. Reciclagem e Arte - cuidando do meio ambiente, com ética e também estética.

Esses blogs são descobertas novas, conheci agora, mas me parecem bem interessantes:
6. Olha que Maneiro - pra quem gosta de inovação e criatividade.
7. Criança Genial - sobre crianças...
8. Anjos da Alegria - Doutores palhaços que levam alegria a quem precisa (e quem não precisa???)
Observação:
1 – Se você for a escolhida ou o escolhido, exiba a imagem do selo no seu blog;
2 – Poste o link do blog que o indicou;
3 – Indique 8 blogs de sua preferência e faça uma lista de seus 8 desejos;
4 – Em seguida, avise seus indicados;
5 – Publique essas regras.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Vivendo a vida

"Ninguém falou que viver é fácil. Todo dia pode ter uma porrada. Mas também pode ter uma realização. Nenhum HIV, câncer, hepatite ou diabete impede essa realização diária. O que impede é a cuca."

Rodolfo Bottino, ator, HIV positivo, para O Globo - 02/05/2009.

Amei esse trecho da matéria: "Portador do vírus HIV, descobriu há tempos que a única maneira de combater a morte era vivendo a vida. Sem dramas."

É isso aí...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Hoje estou um pouco melhor que ontem e um pouco pior que amanhã...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Isso também anima: xixi no banho


Na Semana do Meio Ambiente, vale a pena divulgar essa campanha da Ong SOS Mata Atlântica.

Quando você faz xixi no banho, economiza uma descarga - no caso dos brasileiros, que costumam tomar banho diariamente, isso significa uma descarga a menos por dia.
Acha que isso não é nada?
Pois bem, em cada descarga, podem ser gastos (pasmem!) até 12 litros de água.
Uma descarga por dia corresponde a 4.380 litros de água por ano. Somente em São Paulo poderia ser economizado mais de 1.500 litros de água por segundo.
Os dados são da SOS Mata Atlântica, que informa àqueles que têm dúvida se essa é uma prática higiênica que o xixi é composto 95% de água e 5% de outras substâncias como uréia e sal.
E, só pra constar: a hepatite C não é transmitida no xixi... e nem no banho! Hi hi hi...
Quer saber mais? Consulte o site da SOS Mata Atlântica.
Quer brincar? Interaja no site da campanha, deixe seu recado e conheça outras pequenas ações do dia a dia que podem ajudar a preservar o nosso planeta: http://www.xixinobanho.org.br/