Ãh?
Mesmo sendo loira (rs), não precisei de dois segundos para concluir que, apesar da respeitabilidade do veículo, a matéria não deveria ser levada a sério. Pesquisas dos últimos 20 anos do mundo inteiro não poderiam estar erradas. Minha conclusão veio acompanhada de uma certa revolta. Pôxa vida, tanto trabalho pra gente tentar mostrar que todos nós estamos expostos ao risco das hepatites virais e vem um jornal de grande circulação divulgar uma bobagem dessas?
Não fui a única a ter esse sentimento. O fato teve grande repercussão, inclusive com carta da Sociedade Brasileira de Hepatologista e um post de retratação de um dos pesquisadores. Veja o que o Grupo Otimismo divulgou sobre o assunto:
- Triste (absurda) pesquisa sobre a transmissão sexual da hepatite C
- Esclarecimento e retração dos pesquisadores sobre a publicação na Folha de São Paulo ''Hepatite C é ligada a jovens que fazem sexo com muitas pessoas''
A carta da SBH pode ser vista no blog do Grupo Hércules.
Com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo na minha vida, acabei não escrevendo sobre o assunto antes. Mas hoje recebi o contato do @inconformado sugerindo o tema, inclusive com um texto prontinho para divulgar, o qual compartilho abaixo com vocês.
Você ficou sabendo da polêmica recente envolvendo a hepatite C? O problema todo é explicado detalhadamente no blog de um dos pesquisadores responsáveis pelo artigo que gerou o falatório sobre o assunto: http://scienceblogs.com.br/
Resumindo bem rapidamente, o artigo teve suas informações distorcidas e acabou rodando a internet, associando a doença à quantidade de parceiros, como se fosse uma DST, o que é uma visão bastante errada.
No entanto, isso traz à tona a falta de divulgação sobre a doença, que está longe do patamar adequado. A Aids, por exemplo, recebe 33 vezes mais recursos do que a Hepatite C. Evidentemente que são doenças distintas e de importâncias diferentes, mas a diferença não deveria ser tão gritante assim.
E nunca é demais lembrar: a Hepatite C age silenciosamente e, segundo estimativas, atinge 3 milhões de brasileiros sem que eles sequer saibam disso. E é bom ficar atento às possibilidades de contaminação, que incluem até a manicure e uma simples extração dentária.
Mobilize-se e ajude a mudar essa percepção errada de uma doença que atinge tanta gente. Faça seu exame anti-HCV.
Fonte: JLineu, o @inconformado
Que bom que o texto foi útil, fico feliz. Mas não dava pra deixar essa barbaridade passar em branco, né?
ResponderExcluirAbraços!