- quem será contemplado pelo novo protocolo para receber tratamento?
- quais dos medicamentos novos deverão ser usados no meu caso?
- se meu caso não estiver contemplado no protocolo, devo entrar na justiça pelo tratamento ou esperar?
A pergunta mais fácil de responder será a primeira, pois brevemente o protocolo estará publicado. As demais deverão ser respondidas individualmente - e, portanto, mais uma vez a importância da confiança em seu médico, pois ele que indicará o melhor caminho. Cada caso é um caso, e há muitos fatores a serem avaliados.
Embora a última palavra sobre o mais adequado para você seja do médico, é importante que estejamos empoderados com conhecimento, para que as decisões sejam conscientes e sejamos sujeitos ativos ao tomá-las.
Para ajudar nessa construção crítica, compartilho abaixo as observações do especialista Carlos Varaldo (hepato@hepato.com - www.hepato.com) sobre o consenso de tratamento da Hepatite C 2015 da EASL, ou seja, que referência deve ser usada para balisar essas decisões.
Acompanhem...
Consenso de tratamento da Hepatite C 2015 da EASL
Tratamentos dos GENÓTIPOS 1 ao 6
Semana passada, durante o 50 Congresso de Fígado - EASL 2015 - foram apresentadas as recomendações de consenso para tratamento da hepatite C na Europa.
É necessário lembrar que não todos os medicamentos estão disponíveis em todos os países, por tanto, as recomendações devem ser interpretadas e adequadas a realidade de cada país, inclusive utilizando interferon peguilado.
Este texto é um resumo sem nenhuma interpretação ou comentário da minha parte. A parte 1 trata do tratamento dos genótipos 1 ao 6. A parte 2 estarei divulgando na próxima semana na qual estarei colocando sobre os tratamentos dos grupos especiais e o monitoramento dos pacientes.
O texto completo do consenso de tratamento do EASL, em inglês, é encontrado aqui.
OBJETIVOS DO TRATAMENTO
* O objetivo da terapia é conseguir a cura da hepatite C para prevenir a cirrose hepática, descompensação da cirrose, câncer de fígado, manifestações extra-hepáticas graves e morte.
* O sucesso do tratamento é o vírus ficar indetectável utilizando um teste sensível (menos de 15 UI / ml), nas 12 semanas ou 24 semanas após o fim do tratamento.
* Em pacientes com fibrose avançada e cirrose, a erradicação do vírus reduz a taxa de descompensação e vai reduzir, embora não abolir, o risco de câncer de fígado.
* Em pacientes com cirrose descompensada, a erradicação do vírus da hepatite C poderá evitar a necessidade de transplante de fígado.
ANTES DO TRATAMENTO
* Antes de indicar o tratamento deve se estabelecer o nexo de causalidade entre a infecção pelo vírus da hepatite C e a doença hepática. Outros fatores podem ser os responsáveis pelo dano hepático e não somente a hepatite C.
* Existindo comorbidades para a progressão da doença hepática medidas corretivas adequadas devem ser adotadas para o tratamento dessas condições.
* A gravidade da doença hepática deve ser avaliada antes do tratamento. A identificação de pacientes com cirrose é de particular importância, já que seu prognóstico é alterado e seu regime de tratamento deve ser adaptado a cada caso especifico.
* A Fibrose pode ser avaliada por métodos não-invasivos, reservando a biópsia hepática para casos em que há incerteza ou potenciais etiologias adicionais.
* A detecção de RNA do vírus e a carga viral deve ser feita por testes sensíveis com um limite inferior de detecção menor de15 UI / ml.
* O genótipo do vírus e no caso do genótipo 1 o subtipo (1a / 1b) devem ser avaliados antes do início do tratamento para determinar a escolha do tratamento.
* O teste IL28B não tem nenhum papel na indicação para o tratamento da hepatite C com os medicamentos orais livres de interferon.
QUEM DEVE SER TRATADO
* Todos os infectados sem tratamento prévio e os não respondedores a um tratamento anterior com doença hepática crônica compensada ou descompensada devem ser considerados para receber o tratamento.
* O tratamento deve ser priorizado para pacientes com fibrose significativa ou cirrose (METAVIR F3 - F4).
* Os pacientes com cirrose descompensada (Child-Pugh B e C) devem ser urgentemente tratados com um regime de livre de interferon.
* O tratamento deve ser priorizado independentemente do estágio de fibrose em pacientes coinfectados com HIV ou HBV, pacientes aguardando transplante de fígado ou pós-transplante hepático, os pacientes com manifestações extra-hepáticas clinicamente significativas (por exemplo, vasculite sintomática associada à crioglobulinemia mista relacionada com a hepatite C, HCV-imune nefropatia e complicações relacionadas com linfoma não-Hodgkin de células B), e pacientes com fadiga debilitante.
* O tratamento deve ser priorizado independentemente do estágio de fibrose para os indivíduos com alto risco de transmitir a hepatite C, incluindo usuários de drogas injetáveis ativos, homens que fazem sexo com homens com práticas sexuais de alto risco, as mulheres em idade fértil que desejam engravidar, pacientes em hemodiálise, e indivíduos privados da liberdade.
* O tratamento pode ser justificado de ser realizado em pacientes com fibrose moderada (METAVIR score F2).
* Em pacientes sem fibrose ou com doença leve (METAVIR F0-F1) e nenhuma das manifestações extra-hepáticas acima mencionadas, a indicação de tratamento deve ser considerada de forma individualizada.
* O tratamento não é recomendado em pacientes com expectativa de vida limitada, devido à presença de comorbidades não relacionadas ao fígado.
CONTRA-INDICAÇÕES AO TRATAMENTO
* Tratamento com interferon e ribavirina é absolutamente contraindicado nos seguintes grupos de doentes: depressão descontrolada, psicose ou epilepsia; mulheres grávidas ou casais que não querem cumprir contracepção adequada; doenças graves simultâneas e comorbidades, incluindo doenças da retina, doença autoimune da tireoide; e doença hepática descompensada.
* O uso do interferon não é recomendado em pacientes com contagem absoluta de neutrófilos inferior a 1500 / mm3 e / ou plaquetas 69.000 / mm3. O tratamento de pacientes com doença hepática avançada, cujos parâmetros estão fora das recomendações pode ser viável em centros experientes sob monitorização cuidadosa e consentimento informado.
* Com base no conhecimento existente, não há contraindicações absolutas para os medicamentos orais livres de interferon aprovados na Europa em 2015. É necessário ter cuidado com o uso de sofosbuvir em doentes com insuficiência renal grave, pois o efeito da insuficiência renal na depuração de metabólitos derivados de sofosbuvir ainda está sendo investigada. A combinação de paritaprevir potenciado com ritonavir, ombitasvir e dasabuvir está passando por avaliação em pacientes com Child-Pugh B cirrose descompensada e está contraindicado em pacientes com Child-Pugh C com cirrose descompensada. Estudos estão em andamento para avaliar a farmacocinética e segurança do simeprevir na cirrose descompensada.
MEDICAMENTOS APROVADOS NA EUROPA
1. Interferon peguilado-alfa 2a injetável contendo 180, 135 ou 90 G de pegIFN-a2a em injeção subcutânea uma vez por semana de 180 ug (ou menos, se a redução da dose necessária).
2. Interferon peguilado-alfa 2b injetável contendo 50 ug por 0,5 mL de injeção subcutânea uma vez por semana de 1,5 ug / pegIFN-a2b kg (ou menos, se a redução da dose necessária).
3. Cápsulas de ribavirina, contendo 200 mg de ribavirina. Duas cápsulas de manhã e 3 à noite se o peso corporal abaixo de 75 kg ou 3 de manhã e 3 à noite se o peso corporal for superior aos 75 kg.
4. Capsulas de sofosbuvir contendo 400 mg de sofosbuvir Um comprimido uma vez ao dia (de manhã).
5. Cápsulas de simeprevir contendo 150 mg de simeprevir Uma cápsula uma vez ao dia (manhã).
6. Capsulas de daclatasvir contendo 30 ou 60 mg de daclatasvir Um comprimido uma vez pao dia (de manhã).
7. Capsulas de sofosbuvir / ledipasvir contendo 400 mg de sofosbuvir e 90 mg de ledipasvir um comprimido uma vez ao dia (manhã).
8. Capsulas de paritaprevir / ombitasvir / comprimidos contendo 75 mg de paritaprevir, 12,5 mg dois comprimidos uma vez por dia (de manhã) e ritonavir ombitasvir com 50 mg de ritonavir.
9. Capsulas de dasabuvir contendo 250 mg de dasabuvir Um comprimido duas vezes ao dia (manhã e noite).
CUIDADOS A TOMAR DURANTE O TRATAMENTO
* Numerosas e complexas interações medicamentosas são possíveis com os medicamentos orais livres de interferon. Regras rígidas devem, portanto, ser aplicadas pelo médico antes de indicar o tratamento. Como os dados se atualizam rapidamente, as orientaçoes para as contra-indicações e ajuste de dose pode ser encontradas em www.hep-druginteractions.org onde são atualizadas regularmente. IMPORTANTE: Antes de iniciar o tratamento consulte sempre o site.
* Tratamentos baseados em cobicistat, efavirenz, nevirapina, etravirina, ritonavir e qualquer inibidor da protease do HIV, impulsionadas ou não por ritonavir, não sao recomendados em pacientes infectados pelo HIV que recebem simeprevir.
* A dose diária daclatasvir deve ser ajustada para 30 mg por dia em doentes infectados pelo HIV que recebem atazanavir / ritonavir e 90 mg diários em recebem efavirenz.
* Nenhuma interação droga-droga tem sido relatada entre sofosbuvir e medicamentos anti-retrovirais.
* A combinação de dose fixa de sofosbuvir e ledipasvir pode ser usado com todos os anti-retrovirais. No entanto, este regime não deve ser usado com a combinação de tenofovir / emtricitabina com atazanavir / ritonavir, darunavir / ritonavir, lopinavir / ritonavir ou elvitegravir / cobicistat quando possível, ou usado com precaução com monitorização frequente da funcao renal.
* A combinação com ritonavir paritaprevir, ombitasvir e dasabuvir não deve ser usado com efavirenz, etravirina ou nevirapina, e rilpivirina devendo ser usado com precaução com monitorização de ECG de repetição. Atazanavir e darunavir deve ser tomado sem inibidores de protease ritonavir e outros são contra-indicados com esta combinação. Elvitegravir / cobicistat não deve ser utilizado com este esquema devido ao efeito de reforço adicional.
* As indicações para o tratamento da hepatite C em co-infectados pelo HIV são idênticas as recomendadas para monoinfectados com hepatite C.
* Apesar dos custos os tratamentos orais livres de interferon são as melhores opções quando disponíveis para tratamento dos mono-infectados e em pacientes co-infectados sem cirrose ou com cirrose compensada (Child-Pugh A) ou descompensada (Child-Pugh B ou C), devido à sua eficácia virológica, facilidade de utilização e tolerabilidade.
* Os mesmos regimes de tratamento livre de IFN podem ser utilizados em co-infectados com resultados idênticos aos obtidos pelos monoinfectados.
* IMPORTANTE: Consulte a TABELA 4 sobre as interações medicamentosas dos medicamentos orais com os medicamentos antirretrovirais, na página 8 das recomendações, em https://ilc-congress.eu/cpgs_full/EASL%20Recommendations%20on%20Treatment%20of%20Hepatitis%20C%202015.pdf
* Na mesma página se encontram as TABELAS 4C, 4E e 4D com as interações medicamentosas com medicamentos de uso geral, como os medicamentos para colesterol, para o coração e para tratamento da ansiedade. A TABELA 4F é sobre os imunossupressores.
TRATAMENTOS
IMPORTANTE: Consulte os QUADROS 5 e 6 os quais mostram quais medicamentos utilizar em cada situação, em aqui.
- TRATAMENTO DO GENÓTIPO 1
* GENÓTIPO 1 - OPÇÃO 1 - Com interferon
Infectados com o genótipo 1 podem ser tratados com interferon peguilado uma vez por semana, ribavirina em função do peso (1.000 mg para aqueles com menos de 75 kg ou 1.200 mg para os com mais de 75 kg, e uma capsula ao dia de sofosbuvir de 400 mg, com duração do tratamento de 12 semanas).
* GENÓTIPO 1 - OPÇÃO 2 - Com interferon
Infectados com o genótipo 1 podem ser tratados com interferon peguilado uma vez por semana, ribavirina em função do peso (1.000 mg para aqueles com menos de 75 kg ou 1.200 mg para os com mais de 75 kg, e uma capsula ao dia de simeprevir de 150 mg, com duração do tratamento de 12 semanas).
Esta combinação não é recomendada em pacientes infectados com o subtipo 1a que tenham o Q80K detectável na sequência de protease NS3 no início do estudo, avaliada por sequenciamento.
Simeprevir deve ser administrado durante 12 semanas em combinação com interferon peguilado e ribavirina. A partir da semana 12 o interferon peguilado e a ribavirina devem ser administrado (sem simeprevir) por mais 12 semanas (duração total de 24 semanas de tratamento) em doentes sem tratamento prévio e recidivantes a um tratamento anterior, incluindo pacientes com cirrose hepática, e por mais 36 semanas (duração total do tratamento 48 semanas) em respondedores parciais e nulos a um tratamento anterior, incluindo doentes com cirrose.
A carga viral deve ser monitorada durante o tratamento. O tratamento deve ser interrompido se a carga viral e superior a25 UI / ml na semana 4 de tratamento, ou ainda, nas12 e 24 semanas.
* GENÓTIPO 1 - OPÇÃO 3 - Sem interferon
Infectados com o genótipo 1 podem ser tratado com a combinação de dose fixa de sofosbuvir (400 mg) e ledipasvir (90 mg) em um único comprimido administrado uma vez por dia, sem interferon.
Pacientes sem cirrose, incluindo doentes sem tratamento prévio e com tratamento anterior sem sucesso, devem ser tratados com esta combinação de dose fixa por 12 semanas sem ribavirina.
O tratamento pode ser encurtado para oito semanas em pacientes nunca antes tratados, sem cirrose, ou se carga viral é inferior a 6 milhões (6,8 Log) UI / ml. Isto deve ser feito com precaução, especialmente em pacientes com fibrose F3, enquanto se aguardam maiores resultados da vida real de que 8 semanas de tratamento são suficientes para alcançar altas taxas de resposta virológica sustentada.
Os pacientes com cirrose compensada, incluindo doentes sem tratamento prévio e em retratamento, devem ser tratados com esta combinação de dose fixa por 12 semanas com ribavirina à base de peso diário (1.000 mg em pacientes com menos de75 kg ou 1.200 mg em pacientes com mais de75 kg.
Os pacientes com cirrose compensada com contraindicações para o uso de ribavirina ou com baixa tolerância à ribavirina no tratamento devem receber a combinação de dose fixa de sofosbuvir e ledipasvir durante 24 semanas sem ribavirina.
O tratamento com a combinação de dose fixa de sofosbuvir e ledipasvir com ribavirina pode ser prolongada para 24 semanas em doentes previamente tratados com cirrose compensada e com prognostico negativo de resposta, tais como a contagem de plaquetas inferior a 75.000.
* GENÓTIPO 1 - OPÇÃO 4 - Sem interferon
Infectados com o genótipo 1 podem ser tratados sem interferon utilizando a combinação de dose fixa de ombitasvir (75 mg), paritaprevir (12,5 mg) e ritonavir (50 mg) em um único comprimido (dois comprimidos uma vez por dia com alimentos), e dasabuvir (250 mg) (um comprimido duas vezes por dia).
Infectados pelo subtipo 1b sem cirrose devem receber esta combinação por 12 semanas sem ribavirina.
Infectados pelo subtipo 1b com cirrose devem receber esta combinação por 12 semanas com ribavirina baseada no peso (1000 mg ao dia para pacientes com menos de 75 kg e 1,200 mg para pacientes com mais de 75 kg.).
Infectados com o subtipo 1a sem cirrose devem receber esta combinação por 12 semanas com ribavirina baseada no peso (1000 mg ao dia para pacientes com menos de 75 kg e 1,200 mg para pacientes com mais de 75 kg.).
Os pacientes infectados com o subtipo 1a com cirrose devem receber esta combinação por 24 semanas com ribavirina baseada no peso (1000 mg ao dia para pacientes com menos de 75 kg e 1,200 mg para pacientes com mais de 75 kg.).
* GENÓTIPO 1 - OPÇÃO 5 - Sem interferon
Infectados com o genótipo 1 podem ser tratados sem interferon com uma combinação de uma capsula de sofosbuvir por dia (400 mg) e uma de simeprevir ao dia (150 mg) durante 12 semanas.
Nos infectados com cirrose deve ser acrescentada ribavirina diária à base do peso (1000 mg ao dia para pacientes com menos de 75 kg e 1,200 mg para pacientes com mais de 75 kg.).
Em pacientes com cirrose com contraindicações para o uso de ribavirina, estender a duração do tratamento para 24 semanas deve ser considerada.
* GENÓTIPO 1 - OPÇÃO 6 - Sem interferon
Infectados com o genótipo 1 podem ser tratados sem interferon com uma combinação de uma capsula de sofosbuvir por dia (400 mg) e uma de daclatasvir ao dia (60 mg) durante 12 semanas.
Nos infectados com cirrose deve ser acrescentada ribavirina diária à base do peso (1000 mg ao dia para pacientes com menos de 75 kg e 1,200 mg para pacientes com mais de 75 kg.).
Em pacientes com cirrose com contraindicações para o uso de ribavirina, estender a duração do tratamento para 24 semanas deve ser considerada.
- TRATAMENTO DO GENÓTIPO 2
A melhor opção de tratamento de primeira linha para pacientes infectados com o genótipo 2 é o tratamento sem interferon combinando sofosbuvir e ribavirina. Outras opções podem ser úteis para o pequeno número de pacientes que falham neste regime. Em contextos onde essas opções não estão disponíveis, a combinação de interferon peguilado e ribavirina continua a ser aceitável, de acordo com diretrizes de prática clínica EASL publicados anteriormente.
* GENÓTIPO 2 - OPÇÃO 1 - Sem interferon
Infectados com o genótipo 2 devem ser tratados com ribavirina baseada no peso (1000 mg ao dia para pacientes com menos de 75 kg e 1,200 mg para pacientes com mais de 75 kg.) e uma capsula ao dia de sofosbuvir (400 mg) por 12 semanas.
O tratamento deve ser prolongado até 16 ou 20 semanas em pacientes com cirrose, especialmente se eles são não respondedores a um tratamento anterior.
* GENÓTIPO 2 - OPÇÃO 2 - Sem interferon
infectados com cirrose e / ou não respondedores a um tratamento anterior devem ser tratados com Interferon peguilado uma vez a semana e ribavirina baseada no peso (1000 mg ao dia para pacientes com menos de 75 kg e 1,200 mg para pacientes com mais de 75 kg.), e uma capsula de sofosbuvir ao dia (400 mg) durante 12 semanas.
* GENÓTIPO 2 - OPÇÃO 3 - Sem interferon
Pacientes com cirrose e / ou tratamento prévio pode ser tratados sem interferon com uma combinação de uma capsula de sofosbuvir ao dia (400 mg) e uma capsula de daclatasvir ao dia (60 mg) durante 12 semanas.
- TRATAMENTO DO GENÓTIPO 3
* GENÓTIPO 3 - OPÇÃO 1 - Com interferon
Infectados com HCV genótipo 3 podem ser tratados com uma combinação de interferon peguilado semanal, ribavirina baseada no peso (1000 mg ao dia para pacientes com menos de 75 kg e 1,200 mg para pacientes com mais de 75 kg.), e uma capsula de sofosbuvir ao dia (400 mg) durante 12 semanas.
Esta combinação é uma opção valiosa em pacientes que não conseguiram alcançar a resposta sustentada após o tratamento com sofosbuvir mais ribavirina.
* GENÓTIPO 3 - OPÇÃO 2 - Com interferon
Infectados com o genótipo 3 podem ser tratados com ribavirina baseada no peso (1.000 mg ao dia para pacientes com menos de 75 kg e 1.200 mg para pacientes com mais de 75 kg.), e uma capsula de sofosbuvir ao dia (400 mg) durante 24 semanas.
Esta terapia é abaixo do ideal em pacientes cirróticos não respondedores a um tratamento anterior e em pacientes que não conseguiram alcançar a resposta sustentada após tratamento com sofosbuvir mais ribavirina, devendo ser oferecida uma opção de tratamento alternativo.
* GENÓTIPO 3 - OPÇÃO 3 - Com interferon
Infectados com o genótipo 3 sem cirrose podem ser tratados sem interferon com uma combinação de uma capsula de sofosbuvir ao dia (400 mg) e uma capsula de daclatasvir ao dia (60 mg) durante 12 semanas.
Pacientes nunca antes tratados e não respondedores a um tratamento anterior infectados com o genótipo 3 com cirrose devem receber esta associação junto com a ribavirina baseada no peso (1.000 mg ao dia para pacientes com menos de 75 kg e 1.200 mg para pacientes com mais de 75 kg.) durante 24 semanas, enquanto se aguardam mais dados comparando 12 semanas com ribavirina e 24 semanas, com e sem ribavirina nesta população de pacientes.
- TRATAMENTO DO GENÓTIPO 4
* GENÓTIPO 4 - OPÇÃO 1 - Com interferon
Infectados com o genótipo 4 podem ser tratados com uma combinação de interferon peguilado uma vez por semana, ribavirina baseada no peso (1.000 mg ao dia para pacientes com menos de 75 kg e 1.200 mg para pacientes com mais de 75 kg.), e uma capsula de sofosbuvir ao dia (400 mg) durante 12 semanas.
* GENÓTIPO 4 - OPÇÃO 2 - Com interferon
Infectados com o genótipo 4 podem ser tratado com uma combinação de interferon peguilado uma vez por semana, ribavirina baseada no peso (1.000 mg ao dia para pacientes com menos de 75 kg e 1.200 mg para pacientes com mais de 75 kg.), e uma capsula de simeprevir ao dia (150 mg).
Simeprevir deve ser administrado durante 12 semanas em combinação com o interferon peguilado e a ribavirina. O interferon peguilado e a ribavirina deve então ser administrada isoladamente durante mais 12 semanas (duração total do tratamento de 24 semanas) em doentes sem tratamento prévio e recidivantes a um tratamento anterior, e nos infectados com cirrose, um adicional de 36 semanas (duração total do tratamento 48 semanas) em respondedores parciais e respondedores nulos no tratamento anterior, incluindo doentes com cirrose.
A carga viral deve ser monitorada durante o tratamento. O tratamento deve ser interrompido se a carga viral for superior a 25 UI / ml na semana 4 de tratamento, ou nas semanas 12 ou 24.
* GENÓTIPO 4 - OPÇÃO 3 - Sem interferon
Infectados com o genótipo 4 podem ser tratados sem interferon com a combinação de dose fixa de uma capsula de sofosbuvir ao dia (400 mg) e uma capsula de ledipasvir ao dia (90 mg) ou em um único comprimido (utilizando o Harvoni®) administrado uma vez por dia.
Pacientes sem cirrose, incluindo os nunca antes tratados e os não respondedores a um tratamento anterior, devem ser tratados com esta combinação de dose fixa por 12 semanas sem ribavirina.
Com base em dados de pacientes infectados com o genótipo 1, os pacientes com cirrose compensada, incluindo doentes sem tratamento anterior e os não respondedores a um tratamento anterior, devem ser tratados com esta combinação de dose fixa por 12 semanas com ribavirina baseada no peso (1.000 mg ao dia para pacientes com menos de 75 kg e 1.200 mg para pacientes com mais de 75 kg.).
Os pacientes com cirrose compensada com contraindicações para o uso de ribavirina ou com baixa tolerância à ribavirina no tratamento devem receber a combinação de dose fixa de sofosbuvir e ledipasvir durante 24 semanas sem ribavirina.
Com base em dados de pacientes infectados com o genótipo 1, o tratamento com a combinação de dose fixa de sofosbuvir e ledipasvir com ribavirina pode ser prolongada até 24 semanas em doentes previamente tratados com cirrose compensada e prognósticos negativos de resposta, tais como a contagem de plaquetas inferior a 75.000 mL.
* GENÓTIPO 4 - OPÇÃO 4 - Sem interferon
Infectados com o genótipo 4 sem cirrose podem ser tratados sem interferon utilizando a combinação de dose fixa de ombitasvir (75 mg), paritaprevir (12,5 mg) e ritonavir (50 mg) em um único comprimido (dois comprimidos, uma vez por dia com alimentos), durante 12 semanas com ribavirina baseada no peso (1.000 mg ao dia para pacientes com menos de 75 kg e 1.200 mg para pacientes com mais de 75 kg.), sem dasabuvir.
Infectados com o genótipo 4 com cirrose devem ser tratados sem interferon utilizando a combinação de dose fixa de ombitasvir (75 mg), paritaprevir (12,5 mg) e ritonavir (50 mg) em um único comprimido (dois comprimidos, uma vez por dia com alimentos), para 24 semanas com ribavirina baseada no peso (1.000 mg ao dia para pacientes com menos de 75 kg e 1.200 mg para pacientes com mais de 75 kg.), sem dasabuvir, na pendência de dados.
* GENÓTIPO 4 - OPÇÃO 5 - Sem interferon
Infectados com o genótipo 4 podem ser tratados sem interferon com uma combinação de uma capsula de sofosbuvir ao dia (400 mg) e uma capsula de simeprevir ao dia (150 mg), durante 12 semanas.
Com base em dados com outras combinações, acrescentando ribavirina baseada no peso (1.000 mg ao dia para pacientes com menos de 75 kg e 1.200 mg para pacientes com mais de 75 kg.) é recomendado em pacientes com cirrose.
Em pacientes com cirrose com contraindicações para o uso de ribavirina, a duração do tratamento em 24 semanas deve ser considerada.
* GENÓTIPO 4 - OPÇÃO 6 - Sem interferon
Infectados com o genótipo 4 podem ser tratados sem interferon com uma combinação de uma capsula de sofosbuvir ao dia (400 mg) e uma capsula de daclatasvir ao dia (60 mg) durante 12 semanas.
Com base em dados com outras combinações, acrescentando ribavirina baseada no peso (1.000 mg ao dia para pacientes com menos de 75 kg e 1.200 mg para pacientes com mais de 75 kg.) é recomendado em doentes com cirrose.
Em pacientes com cirrose com contraindicações para o uso de ribavirina, a duração do tratamento em 24 semanas deve ser considerada.
- TRATAMENTO DOS GENÓTIPOS 5 e 6
* GENÓTIPOS 5 e 6 - OPÇÃO 1 - Com interferon
Infectados com os genótipos 5 ou 6 podem ser tratados com uma combinação de semanal interferon peguilado, ribavirina baseada no peso (1.000 mg ao dia para pacientes com menos de 75 kg e 1.200 mg para pacientes com mais de 75 kg.), e uma capsula de sofosbuvir ao dia(400 mg) durante 12 semanas.
* GENÓTIPOS 5 e 6 - OPÇÃO 2 - Sem interferon
Infectados com os genótipos 5 ou 6 podem ser tratados sem interferon com a combinação de dose fixa de uma capsula de sofosbuvir ao dia (400 mg) e uma capsula de ledipasvir ao dia (90 mg) ou em um único comprimido (utilizando o Harvoni®) administrado uma vez por dia.
Pacientes sem cirrose, incluindo doentes sem um tratamento anterior e os não respondedores a um tratamento anterior, devem ser tratados com esta combinação de dose fixa por 12 semanas sem ribavirina.
Com base em dados de pacientes infectados com o genótipo 1, os pacientes com cirrose compensada, incluindo doentes sem tratamento anterior e os não respondedores a um tratamento anterior, devem ser tratados com esta combinação de dose fixa por 12 semanas com ribavirina baseada no peso (1.000 mg ao dia para pacientes com menos de 75 kg e 1.200 mg para pacientes com mais de 75 kg.).
Os pacientes com cirrose compensada com contraindicações para o uso de ribavirina ou com baixa tolerância à ribavirina no tratamento devem receber a combinação de dose fixa de sofosbuvir e ledipasvir durante 24 semanas sem ribavirina.
Com base em dados de pacientes infectados com o genótipo 1, o tratamento com a combinação de dose fixa de sofosbuvir e ledipasvir com ribavirina pode ser prolongada até 24 semanas em doentes previamente tratados com cirrose compensada e prognósticos negativos de resposta, tais como a contagem de plaquetas inferior a 75.000/ mL.
* GENÓTIPOS 5 e 6 - OPÇÃO 3 - Sem interferon
Infectados com os genótipos 5 ou 6 podem ser tratados sem interferon com a combinação de dose fixa de uma capsula de sofosbuvir ao dia (400 mg) e uma capsula de daclatasvir ao dia (60 mg) durante 12 semanas.
Com base em dados com outras combinações, acrescentando ribavirina baseada no peso (1.000 mg ao dia para pacientes com menos de 75 kg e 1.200 mg para pacientes com mais de 75 kg.) é recomendado em doentes com cirrose.
Em pacientes com cirrose com contraindicações para o uso de ribavirina, a duração do tratamento de 24 semanas deve ser considerada.
Boa noite Ana
ResponderExcluirJá acompanho o seu blog há algum tempo. Desde que descobri que minha mãe contraiu Hepatite C, isso tem uns 4 anos.
Ela já fez o tratamento com interferon e ribavirina e o resultado foi positivo, porém, o médico dela disse que ela precisa fazer o novo tratamento (acho que não foi tão positivo assim).
Mesmo lendo este último post fiquei meio perdido.
Se puder me dar uma luz eu ficarei agradecido.
Att - Bruno Paixão
Olá, meu nome é Ewerton, em 2014 fiz o tratamento com Sofosbuvir, Ribavirina e Interferon Peguilado, mas infelizmente, após três meses do tratamento, o vírus reincidiu. Agora, em 2015, iniciei novo tratamento que já dura 4 semanas, com o uso do Sofosbuvir, Daclatasvir e Ribavirina que durará 24 semanas. Como diz o texto acima, "cada caso é um caso" , no ano passado, sofri bastante com os efeitos colaterais, já neste ano, nestas 4 semanas de tratamento, não tive nenhum realmente significativo, que me impedisse de tocar a vida normalmente e espero que continue assim até as próximas 20 semanas. Me coloco a disposição para ajudar no que tiver ao meu alcance. Um abraço a todos.
ResponderExcluirEwerton, meu irmao luta para conseguir o remedio deste novo tratamento. Vc faz pelo Sus ou particular? obrigada
ExcluirOlá
ResponderExcluirEwerton gostaria muito do seu contato. Meu pai irá iniciar o mesmo tratamento!
Se puder me passar alguma e-mail ficarei muito grata!
Muito obrigada
FLOR pode me tirar uma duvida, quando voce faz o tratamento na unimed, voce pede os medicamentos no sus, ou tenho que fazer as consultas e exames no sus? sou 1b f1 , mas isso era a 4 anos , pois não tive coragem de fazer o tratamento econseguir continuar meu trabalho, pois meu sustento da minha familia depende de mim e sou comerciante, , voce pode me ajudar ?
ExcluirOlá Marina, meu e-mail é ewertonjunior@hotmail.com. Me colo à disposição para ajudar. Abraço. Ewerton
ResponderExcluirAnônimo10 de agosto de 2015 10:13
ResponderExcluirFLOR pode me tirar uma duvida, quando voce faz o tratamento na unimed, voce pede os medicamentos no sus, ou tenho que fazer as consultas e exames no sus? sou 1b f1 , mas isso era a 4 anos , pois não tive coragem de fazer o tratamento econseguir continuar meu trabalho, pois meu sustento da minha familia depende de mim e sou comerciante, , voce pode me ajudar ?
Preciso de orçamentos para os seguintes medicamentos: Sofosbuvir400mg e simeprevir150mg, como faço?
ResponderExcluirVou iniciar o tratamento com Daklastavir e sofosbuvir, porém não tenho a ribavirina, qual seria a eficácia?
ResponderExcluirOlá. Sou Dênis, 49 anos, e desde 2016, a cerca de 6 meses descobri q sou portador da hepatite C. Estou desesperado pois tenho aversão a injeções e tratamentos médicos traumatizantes. Fiz biópsia, quase morri de dor. Deu fibrose 0. 0 médico pediu novos exames dentro de 6 meses e disse que não preciso tomar nenhum medicamento no momento. Vou ter q avançar no estágio da doença para receber o tratamento? Isso se procede? Tenho mil dúvidas. Penso que se tenho o virus e há o medicamento para atacá-lo e trazer a possível cura... por que esperar mais tempo? O argumento que o médico usou é que os anos podem passar e eu nem desenvolver tal fibrosa mas, não estou querendo pagar para ver. Ele disse que só consigo o tratamento por via judicial,se consguir, pois ele disse que é inprovável que eu tenha êxito. Por favor, me dê uma luz.
ResponderExcluirBoa noite, Denis!
ExcluirTenho 25 anos, descobri ser portador de hepatite aos 23. Minha fibrose deu 1 e genotipo 1 (senão me engano). Entrei pelo SUS e pedi os medicamentos - negaram. Entrei na justiça em dezembro/2016 e consegui. Vou ´pegar meus medicamentos essa semana. Te aconselho a procurar um advogado, fiquei sabendo que houve mudanças também. Teoricamente sim, você vai ter que avançar de estágio para conseguir os remédios. Mas sou exemplo de que consegui, sendo que outro médico me deu certeza que eu não conseguiria por ser homem, jovem, profissão não é de risco, fibrose no começo e etc. Mais uma vez, procura teus direitos, concordo que não podemos deixar a doença aumentar para nos curarmos. A boa notícia que o remédio é via oral, cura 90% dos casos e já está autorizado a ANVISA a fabricar. Em breve vamos ter na prateleira com preço bem mais acessível - se tu tiver amigos ou familiares da INDIA, tu pode comprar direto lá. O preço é em torno de R$ 10.000,00 (muuuuito mais barato que no BRASIL).
Espero ter ajudado.
Se precisar, pode me contatar:
juliano.mbf@gmail.com
Boa sorte.
Bom dia Denis ! Passei por este pânico também aos 46 anos. Com mesma fibrose que a tua. Meu medico na época disse a mesma coisa. Que certamente não morreria disso. Descobri em 2001. Este tempo todo fui acompanhada via SUS e fiz duas biopsia invasivas como a tua.Me identifiquei muito com teu relato.Atualmente existe o FIBROSCAN parecendo um ecografia. Não sentes nada e não é invasivo. Se tiveres plano de saúde,há um advogado que tbem. teve e já está curado com a medicação. Ele se colocou a disposição dos portadores de Hep C para buscar seus direitos judicialmente de forma gratuita. O nome dele é Luiz Carlos Nunes Thaddeu e o email é vel5000@brturbo.com.br . Faça o contato.Boa sorte.
ExcluirOlá,sou Dênis, 49 anos, portador da Hepatite C. Descobri, por acaso,há cerca de 6 meses, através de teste rápido e fiquei em choque pois,jamais imaginava portar tal doença. Desde então já fiz mais exames de sangue e a terrível biópsia. Deu fibrose zero. O médico não recomendou uso de nennhum medicamento e pediu um retorno para daqui a 6 meses. Mas penso que se tenho uma doença e se há medicamentos que prometem a cura,por que tenho que ficar na protelação. A doença, nesse meio tempo pode avançar. Pior que o médico disse que se eu quiser os remédios terei que entrar com um processo jurídico. Porém,ele disse que provavelmente não serei atendido. Isso se procede? Alguêm me ajuda,por favor!!!
ResponderExcluirOi meu nome é isamara meu marido vai começar o tratamento simeprevir e com o sofosbuvir alimentação é normal
ResponderExcluirSim, normal.
Excluirvou comecar o tratamento com Sofosbuvir e dactavir estou hepatite c e fibrose 3 quais as relações dessas medicacoes e as retricoes na alimentação
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