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segunda-feira, 13 de abril de 2009

Tristeza e alegria

Por mais que eu me faça de forte, por mais animada que eu seja, às vezes...

... eu também fico triste;
... também tenho medo;
... também me sinto só;
... também me permito chorar.

Nessas horas, eu me apego a duas coisas:
Primeiro, à fé enorme que tenho de que nada acontece nesse mundo que não esteja em seu devido lugar. Dizem que Deus escreve certo por linhas tortas. É a gente que, com toda a nossa limitação, não consegue ler.
Tem um texto que atribuem a Chico Xavier que gosto muito, que fala, primeiro, sobre aceitação e, no fim, nos convida a fazer escolhas que possam mudar o caminho que temos pela frente.
Sei que muitas coisas em nossas vidas não podem ser mudadas, mas também sei que podemos mudar a nossa relação com essas coisas. E, assim, vivermos melhor.

Depois, me apego a tudo aquilo que ainda vou realizar: tenho tanta coisa ainda por fazer! Quer desafio maior do que educar uma criança?
Eu acredito em mim, na minha capacidade de reação, na minha habilidade de ser feliz apesar das adversidades (independente se ficarei curada ou não).
E o que faço quando fraquejo? Quando acho que não vou dar conta? Olho para mim mesma com os olhos das pessoas que me amam e me conhecem bem. E aí eu lembro que sou especial e que tenho dentro de mim recursos suficientes para lidar com as situações difíceis.
Se alguém achar que não tem... com certeza está enganado. Deus nunca nos dá um fardo maior do que podemos carregar. Achou que não dava conta? Pois trate de reconstruir sua autoimagem.
Pois, como dizem, Deus acredita em você mesmo que você não acredite Nele.

Lembrei-me de um poema de Khalil Gibran sobre a tristeza e a alegria. Se formos reparar bem, as coisas que nos são motivos de tristeza hoje são as mesmas que, em algum momento, nos deram as maiores alegrias, e vice-versa.

Por exemplo, a dor por perder um amor (quem nunca sentiu isso?). Vale a pena deixar de amar para não correr esse risco? E nunca conhecer o amor e a felicidade imensa que ele traz às nossas vidas? Voltamos a falar de escolhas... ou se vive plenamente, ou se vive o vazio.

E o medo de perder a vida? Só pode ser porque a vida é muito boa, porque se ela fosse ruim não faria a mínima falta.
E de perder a saúde? Apenas porque tivemos o privilégio de conhecer o que é viver com ela.
A tristeza por perder uma pessoa querida? Apenas porque desfrutramos uma alegria enorme ao lado dela, às vezes pelo simples fato da pessoa existir.
Dá pra abrir mão disso? Eu escolho que não! Porque não deve existir nada mais triste do que viver no vazio.

Aí vão as mensagens que falei:

Chico Xavier

Nasceste no lar que precisavas,
Vestiste o corpo físico que merecias,
Moras onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com teu adiamento,
Possuis os recursos financeiros coerentes com tuas necessidades,
Nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas,
Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização,
Teus parentes, amigos são as almas que atraístes, com tua própria afinidade.
Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.
Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitude...
São as fontes de atração e repulsão na tua jornada vivência.
Não reclames nem te faças de vítima. Antes de tudo, analisa e observa. A mudança está em tuas mãos. Reprograme tua meta, busque o bem e viverás melhor.
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim
.


A Alegria e a Tristeza
Khalil Gibran

Vossa alegria é vossa tristeza desmascarada.
E o mesmo poço que dá nascimento a vosso riso foi muitas vezes preenchido com vossas lágrimas.
E como poderia não ser assim?
Quanto mais profundamente a tristeza cavar suas garras em vosso ser, tanto mais alegria podereis conter.
Não é a taça em que verteis vosso vinho a mesma que foi queimada no forno do oleiro?
E não é a lira que acaricia vossas almas a própria madeira que foi entalhada à faca?
Quando estiverdes alegres, olhai no fundo de vosso coração, e achareis que o que vos deu tristeza é aquilo mesmo que vos está dando alegria.
E quando estiverdes tristes, olhai novamente no vosso coração e vereis que, na verdade, estais chorando por aquilo mesmo que constituiu vosso deleite.
Alguns dentre vós dizeis: "A alegria é maior que a tristeza", e outros dizem: "Não, a tristeza é maior."
Eu, porém, vos digo que elas são inseparáveis. Vêm sempre juntas; e quando uma está sentada à vossa mesa, lembrai-vos de que a outra dorme em vossa cama.
Em verdade, estais suspensos como os pratos de uma balança entre vossa tristeza e vossa alegria.
É somente quando estais vazios que estais em equilíbrio.
Quando o guarda do tesouro vos suspende para pesar seu ouro e sua prata, então deve a vossa alegria e a vossa tristeza subir ou descer.

E, considerando que "quanto mais profundamente a tristeza cavar suas garras em vosso ser, tanto mais alegria podereis conter", dá pra gente ter uma esperança de que, ao final de tudo, sairemos disso mais felizes do que éramos antes. Você prefere acreditar no quê???

2 comentários:

  1. Acho interessante a sua explanação qto aos grupos de risco (afinal ista não existe). Minha esposa mesmo sempre confere se no salão em que ela vai fazer as unhas tem a estufa e repara se os objetos estão esterilizados. Espero que vc tenha muitas forças na sua caminhada e q a sua carga viral baixe logo! abraços!

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  2. Hugo,
    Obrigada pela visita, pela força em relação à minha saúde e pelo comentário deixado aqui. Sua contribuição me lembrou da importância de divulgarmos os cuidados necessários para se evitar a contaminação (não só pelo vírus da Hepatite C, mas tb outras doenças).
    Estou postando uma mensagem sobre o assunto no blog. Valeu!

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