Dia 1º de dezembro é o Dia Mundial de Luta contra a Aids.
Para marcar a data, o Ministério da Saúde lançou hoje campanha com o mote: viver com aids é possível, com o preconceito não. Entre as ações, fotos carinhosas de jovens soropositivos com artistas famosos:
Rodrigo Santoro |
Adriana Esteves |
Gostei muito da campanha direcionadas às redes sociais: www.todoscontraopreconceito.com.br. Diante disso, mal posso esperar para ver a campanha do próximo 28 de julho, Dia Mundial da Hepatite. #recadinho
Em 2009, escrevi sobre o Dia Mundial de Combate a Aids focando o preconceito, refletindo sobre os meus próprios:
Neste ano, quero falar sobre prevenção, ressaltando um importante fato ocorrido no final de novembro: o reconhecimento por parte do papa Bento 16 que o uso da camisinha pode ser justificado em algumas situações. Ufa! Já não era sem tempo, né?
Embora o Vaticano tenha tentado relativizar a questão, dizendo "não haver mudança revolucionária" quanto à posição da Igreja Católica sobre a camisinha, considero que tenha sido sim um avanço na luta contra a disseminação do HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, como a hepatite B.
Que fique claro: a Igreja ainda afirma que o uso de preservativos não é a solução “autêntica e moral” do problema da Aids. Não pretendo prolongar a discussão, por considerar que o trecho do livro “Luz do Mundo” - entrevista do jornalista alemão Peter Seewald com o Papa -, que suscitou a polêmica, seja claro e auto-explicativo:
A sexualidade
Concentrar-se somente no preservativo significa banalizar a sexualidade, e essa banalização é precisamente a perigosa razão pela qual tantas e tantas pessoas não veem na sexualidade mais a expressão do seu amor, mas apenas uma espécie de droga, que administram por si só. Por isso, também a luta contra a banalização da sexualidade é parte do grande esforço para que a sexualidade seja valorizada positivamente e possa exercer o seu efeito positivo sobre o ser humano em sua totalidade.
Pode haver casos individuais justificados, por exemplo, quando um garoto de programa usa um preservativo, e esse pode ser o primeiro passo rumo a uma moralização, um primeiro ato de responsabilidade para desenvolver de novo a consciência do fato de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer. No entanto, essa não é a maneira verdadeira e adequada para vencer a infecção do HIV. É verdadeiramente necessária uma humanização da sexualidade.
Falando em responsabilidade, é um bom momento para refletirmos sobre a nossa, né? Todos nós temos informação, mas que atire a primeira pedra quem nunca deu uma escorregadela.
Infelizmente, uma escorregadela apenas pode ser o suficiente.
Esses dias, lia os comentários de uma matéria sobre o assunto e fiquei surpreendida com a quantidade de gente (homens, que fique claro) que defendem abertamente o não uso de camisinha. Em pleno século XXI??? Vai entender...
Segundo informações do Ministério da Saúde, 40% dos jovens entre 15 e 24 anos assumem não usar preservativo em todas as relações sexuais. Resultado: a pesquisa revela aumento do número de jovens infectados pelo vírus HIV nos últimos cinco anos. Sinceramente, né? Eu esperava isso do pessoal da minha geração, mas da garotada esperta da geração Y???
- Só pra lembrar: a hepatite C não é uma doença sexualmente transmissível.
? precisa ser mais abrangente
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